segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Feliz Natal e um Ano Novo Iluminado para todos!!







Desejo a todos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de Luz!!!
Agradeço a Deus, a Michael e aos meus amigos(as), leitores e comentaristas.. por essa grande aventura que vivenciamos aqui, a cada dia, nesse mundo mágico de Michael.
Que possamos continuar juntos por mais esse ano que se aproxima e muitos outros que virão.
...com muito Amor, Paz, Saúde, muita dedicação e muitas conquistas.

It's All For LOVE

Bjãooo
...com muito LOVE

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Man In The Music: Capítulo 5 - History - "Tabloid Junkie"


11. TABLOID JUNKIE

(Escrita e composta por Michael Jackson, Jimmy Jam e Terry Lewis.
Vocais líder e background: Michael Jackson.
Teclado e sintetizadores: Jimmy Jam e Terry Lewis)



Depois da suplicante vulnerabilidade de “Childhood”, a provocativa “Tabloid Junkie” é Childwooduma denúncia de pleno direito contra a mídia de notícias e a crescente tendência dela por sensacionalismo, exploração e desinformação. Os críticos têm, tipicamente, avaliado tais músicas como exemplos do complexo de perseguição e autopiedade de Jackson, mas tal desdém perde um fato mais importante: diferentemente da maioria das músicas pop, que contém sentimentalidade baratas e clichês reciclados, Jackson, nesta faixa mais que ambiciosa, está cantando verdade para ligar um assunto com relevância que vai além da vida pessoal dele.

A música começa com a autoritária voz de um apresentador de notícias, negligentemente, repetindo informações de tabloides como fatos. É um tipo de momento Orwelliano pós-moderno, no qual a mídia dominante se torna a controladora e a manipuladora da realidade social da audiência dela. A verdade é irrelevante. O que importa é entretenimento, audiência e um tipo de vício por espetáculos infinitos. 
Fatos são o que é transmitido nas redes de TV para uma audiência passiva, não crítica. Na música, enquanto o apresentador fala, teclados começam a tocar freneticamente, ilustrando quão rápido as histórias (se verdadeiras ou falsas, importantes ou irrelevantes) são consumidas, copiadas e espalhadas.

Neste caso, muitas das histórias envolvem o “estranho e esquisito” Michael Jackson, que, tanto para os repórteres quanto para audiência, não é mais um humano, mas um objeto de consumo (à la “Wanna Be Startin’ Somethin’”).

Jackson permite que as reportagens incessantes cresçam até se tornarem um frenesi total, com sons de animais representando os, então, ditos jornalistas (a música quase foi intitulada “Tabloid Jungle”).

“Especular para destruir quem você odeia”, Jackson canta em um áspero rap de abertura,“Circula a mentira que você confiscou/ Assassina e mutila/ Enquanto a perseguidora mídia está histérica”. Interessantemente, nesta faixa, os versos são apresentados em ritmos curtos, batidos, antes de a melodia chegar ao refrão, repetindo o mantra: “Só porque você leu isso em uma revista/Viu isso na tela da TV/ Não torna isso um fato, uma verdade.” Jackson, em essência, está fornecendo antiprogramação aos “noticiários”. 
Entre versos, o apresentador continua a recitar histórias antes de Jackson suplicar ao público dele para não acreditar nelas. “É calúnia”, ele proclama mais tarde na música.“Você diz que isso não é uma espada/Mas com sua caneta você tortura homens/ Você crucifica o Senhor.” Ele, mais tarde, refere-se à mídia como “parasitas em preto e branco”. Essas são letras poderosas de um artista que um crítico alegou que tinha “uma consciência, lamentavelmente, estreita da vida”.

“Tabloid Junkie” é uma polêmica de quatro minutos e meio, habilmente construída sonoramente em camadas (a percussão é, mais uma vez, construída no beatboxing de Jackson), que reivindica a verdade e a responsabilidade. Rolling Stone descreveu a faixa como uma “gigantesca construção funk-rock” com “exuberantes harmonias vocálicas” e “rápidos avisos vocálicos sobre a falta de verdade da mídia”. Na verdade, em uma era quando a mídia principal e cobertura tabloide são confundidas mais que nunca; quando a obsessão por celebridades, consistentemente, triunfa sobre notícias mais importantes; e telespectadores sem discernimento são frequentemente distraídos ou enganados sobre a verdade, a música de Jackson continua uma relevante resposta e aviso.
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Tradução Tabloid Junkie


domingo, 14 de dezembro de 2014

Man In The Music: Capítulo 5 - History - " Childhood "




10. CHILDHOOD
(Escrita e composta por Michael Jackson.
Produzida por Michael Jackson e David Foster.
Vocais: Michael Jackson.
Coro de Crianças de Nova Iorque: Tracy Sindler, Natalia Harris, Jonathan Ungar, Brandi Stewart, Reeve Carney, Caryn Jones e Brian Jones.
Orquestração: Jeremy Lubbock.
Piano: Brad Buxer, David Foster.
Cordas: Brad Buxer)


“Childhood” significava muito para Michael Jackson. De todas as músicas que ele compôs, ele a considerava a mais pessoal. “Se você realmente quiser saber sobre mim”, ele diria em uma entrevista em 2004, “há uma música que eu escrevi que é a música mais honesta que eu já escrevi… ela se chama ‘Childhood’. [As pessoas] deveriam ouvi-la [se elas querem me entender]. Essa é uma que eles deveriam realmente ouvir”. Na verdade, enquanto há muitas camadas do enigma que é Michael Jackson, o trauma da infância “perdida” dele está onde tudo começa. O resto da vida dele, de certa forma, foi uma incessante tentativa de redescoberta.

O público, e até mesmo muitos dos amigos dele, conselheiros e parceiros, infinitamente escrutinavam essa redescoberta pessoal. As pessoas eram rápidas em zombar, ridicularizar ou oferecer conselhos. Mas muitos poucos puderam imaginar como a vida dele verdadeiramente foi: a solidão; abuso; exploração e constantes expectativas nos primeiros anos; trabalhando o dia todo no estúdio, enquanto outras crianças brincavam no parque do outro lado da rua; não ser capaz de deixar a casa sem ser atacado, desde quando ele tinha dez anos de idade; escondendo-se em um armário escuro em razão da vergonha e medo de que os fãs o vissem com acne e o rejeitassem; a presença ameaçadora de um pai abusivo, que poderia gritar ou bater nele por qualquer imperfeição percebida. 

“Nossa história pessoal começa na infância”, diz Jackson em entrevista, “e a música ‘Childhood’ é um reflexão da minha vida… É sobre dor, algumas das alegrias, alguns dos sonhos, algumas das aventuras mentais que eu tive, em razão da vida diferente que eu tive, no começo, como um artista infantil. Eu nasci no palco e ‘Childhood’ é meu espelho – é minha história”.

Na verdade, esse é o sentimento que Jackson tenta mostrar em “Childhood”, uma confissão estilo Broadway, com o acompanhamento de uma orquestra completa. Ele entende que ele não é “normal” para o mundo. As pessoas dizem que ele “não está bem”. “Eles veem isso como estranhas excentricidades.” Mas eles viram a infância dele? A pergunta se repete durante toda a música e funciona em diferentes maneiras. Por outro lado, ela está pedindo para os ouvintes que considere os desafios da vida precoce dele. Mas isso também é apresentado como uma irrecuperável abstração; a “infância” ideal dele não existe. “Eu estou procurando pelo mundo de onde vim”, ele canta, mas a trágica ironia é que isso sempre lhe escapa. Como em “Stranger in Moscow”, ele não tem lar, entre mundos, um alienígena. Infância, como Neverland, é uma realidade construída, uma fantasia. Por causa disso, ele percebe, “tem sido meu destino compensar/ Pela infância que nunca conheci”.


Porque ele foi forçado a ser um adulto quando era criança, em outras palavras, ele queria, pelo menos, acessar alguma alegria, maravilha, e mágica da infância, quando adulto. Entretanto, ele nunca poderia, realmente, ser uma criança de novo – uma realidade que se tornou tão cruel e real, quando alegações foram feitas contra ele. É essa assustadora presença que perpetuamente aparece nas extremidades de muitas das músicas dele, incluindo a sequência de “Childhood”, “The Lost Children”. Ele pode compensar, ou escapar, dentro de um mundo de “sonhos de aventuras” por um tempo, mas logo a realidade iria se intrometer. Ele acorda no mundo adulto.

Reconhecendo essa verdade sombria, ele simplesmente pede aos ouvintes dele: “Antes de você me julgar/Tente muito me amar/ A dolorosa juventude que eu tive…” A emoção nessas linhas finais é palpável. Claro, isso pode ser (e tem sido) descrito por cínicos como sentimental e indulgente. Mas há genuína emoção nos vocais e tragédia nos sonhos simples desta música. Como muitos dos trabalhos do Wordworth ou Barrie, ela é tanto uma ode quanto uma elegia à inocência.
Enquanto isso pode facilmente ser descrito como sentimental, “Childhood” é, também, uma reveladora confissão, uma desesperada súplica por compaixão, uma música, finalmente, sobre a vulnerabilidade e a tragédia de ser humano.


Vídeo Oficial

Legendado


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Man In The Music: Capítulo 5 - History - " You Are Not Alone "



9. YOU ARE NOT ALONE


(Escrita e composta por R. Kelly.
Produzida por Michael Jackson e R. Kelly.
Programação: Peter Mokrin e Andrew Scheps.
Vocais solo e background: Michael Jackson.
Coro: Andraé Crouch Singers Choir.
Teclado: R.Kelly e Steve Porcaro)



“You Are Not Alone” foi o primeiro single, em trinta e sete anos na história da Billboard Hot 100 chart, a estrear no primeiro lugar. 


A música foi escrita por R. Kelly, um dos mais quentes compositores R&B dos anos noventa. Jackson rapidamente se apaixonou pela melodia e decidiu coproduzir e incluir a música em HIStory.

Uma linda expressão de isolamento e solidão, ela está, de acordo com muitos críticos, entre as melhores baladas dele. 

O crítico musical Nelson George a descreveu como “adorável e maleável”, enquanto Stephen Thomas Erlewine a elogiou como “bem-elaborada” e “sedutora”. 
“Escutando ‘You Are Not Alone’, escreve o biografo Randy Taraborrelli, “alguém se pergunta quantas vezes Michael tentou dizer a si mesmo, durante o momento mais desesperador e angustiante dele, que ele tinha apoio na vida dele, vindo de um poder superior ou mesmo de amigos e da família; se ele, de verdade, acreditava nisso ou não”. A crítica musical Ann Powers descreveu a música como “linda, se você puder sentir a dor… A música… revela a profundidade da perda e perdição, por trás da intenção de Jackson de ser suave”. Com a elevada formação do Andraé Crouch Singers Choir, ela também parece ser uma invocação de força, à la “Will You Be There”.

O vídeo apresenta o cantor com a sua nova esposa, Lisa Marie Presley, em seminudez, o que causou um pouco de tumulto para alguns suscetíveis espectadores e críticos.

Mas para Jackson, isso era “arte”: arte que não tinha vergonha do corpo humano, arte que estava nua e vulnerável (como amor é) e arte que empurra um envelope de expectativas. 

Filmada, parcialmente, no teatro particular de Jackson e, parcialmente, contra o magnifico pano de fundo inspirado pela pintura clássica de Maxfield Parrish, Daybreak, o visual é, na verdade, estupendo.

Recorda o diretor de vídeo Wayne Isham: “O calor demonstrado no vídeo ‘You Are Not Alone’ é real. O curta, na última cena, foi feito com Michael e Lisa Marie sabendo disso fora da câmera, literalmente.

Michael, em nenhum momento, indicou que isso fosse uma coisa comercial. Era mais pessoal. As cenas de nu foi ideia de Michael. Eu pensei que isso foi corajoso e honesto; você não pode conseguir nada mais aberto que isso. 
Eles disseram: ‘Aqui estamos. Você quer nos ver? ’ Eu não olho para isso como uma coisa comercial. Eu achei que foi uma declaração”.

“You Are Not Alone” foi o último hit número 1 de Jackson, nos Estados Unidos, durante a vida dele.




terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Man In The Music: Capítulo 5 - History - " Come Together"



8. COME TOGETHER

(Escrita e composta por John Lennon e Paul McCartney.
Produzida por Michael Jackson e Bill Bottrell.
Programação de sintetizadores.Bill Bottrel
Vocais líder e background: Michael Jackson.
Guitarra: Bill Bottrell.
Percussão: Bill Bottrell)



Gravada vários anos antes com o produtor Bill Bottrell (ela apareceu, pela primeira vez, em 1989, no filme Moonwalker), “Come Together” foi, originalmente, criada para a trilha sonora de Days of Thunder, estrelando Tom Cruise. A altamente energizada cover dos Beatles teria sido, provavelmente, um grande hit, se tivesse sido lançada com o filme. Quando ela saiu, porém, ficou no cofre por aproximadamente mais de seis anos, antes da inclusão dela em HIStory em 1995. A música nunca tinha sido lançada como single.

Jackson há muito admirava a música dos Beatles, tendo, famosamente, adquirido o Catálogo Beatles/ATV em 1985. Desde a aquisição, Jackson e o advogado John Branca tinham discutido gravar algumas das músicas que, agora, ele era dono (ele gravou, também, um cover do clássico de Sly and the Family Stone,“Hot Fun in the Summertime”).
No fim dos anos oitenta, Bill Bottrell se lembra de estar dirigindo por Los Angeles, escutando as músicas dos Beatles com Jackson, tentando determinar uma boa música para regravar. Eles acabaram escolhendo “Come Together” (a segunda opção era a mais obscura de Paul McCartney, “You Know My Name”)

John Lennon era, de muita maneiras, Jackson sentia, uma alma aparentada: alguém que não poderia se encaixar muito em uma sociedade convencional, mas cujo gênio resta totalmente não ortodoxo.
É justo que Jackson tenha escolhido “Come Together”, uma música que, famosamente, desafia todas as convenções e abertamente abraça a liberdade das estruturas da linguagem, autoridade institucional e ideologia. “Ela lança um fluxo de autoconfessado ‘jargão’, no violento antagonismo de um mundo não esclarecido”, escreveu o crítico dos Beatles, Ian MacDonald, “implicando que a linguagem implantada em tais confrontações é uma armadilha e uma potencial prisão”.

Como Lennon, Jackson adorava jogar com as palavras; ele gostava de formá-las em sequencias incomuns, surpreendentes, (veja “Wanna Be Startin’ Somethin’”) e ele, especialmente, gostava de misturá-las e distorcê-las vocalicamente. É claro, desde Off The Wall, um dos maiores temas da música dele era a habilidade de libertar e unir dela. O famoso verso de “Come Together” – “Uma coisa que eu posso dizer a você é que você tem que ser livre” – isso era em que tanto Lennon quanto Jackson acreditavam nos corações deles. Isso é, como Ian MacDonald astutamente observa, “uma chamada por desacorrentar a imaginação, e por definir linguagem livre, perdidas as rigidezes da política e enraizamento emocional”.

Sonoramente, enquanto os Beatles escolheram adotar um estilo “descontraído” ou “sonhador”, para capturar o sentimento de ser elevado, Jackson optou por uma reinterpretação alta octanagem, que sintetiza o famoso solo de guitarra, destaca o inerentefunk da música e funde a letra selvagem com carregada energia e excitamento. Essa energia visceral está toda à mostra na versão ao vivo, no fim de Moonwalker, na qual Jackson improvisa vocais e bate o pé com abandono, enquanto a música o coloca (e a audiência dele) em um estado de êxtase.

“Eu penso que o cover dele é o melhor cover de uma música dos Beatles que eu já ouvi”, diz o engenheiro Matt Forger. “Por causa desta energia. Ele tem a energia que você sente quando você escuta a gravação dos Beatles pela primeira vez. Michael tocou dentro de um lugar emocional. E você pode sentir isso.” Embora tenha sido adiada por anos, “Come Together” é, certamente, uma dos mais notáveis covers dos Beatles, assim como uma simbólica ligação entre dois excêntricos, mas brilhantes, ícones musicais.