sexta-feira, 29 de maio de 2015

Man In The Music - Apêndice: Álbum Michael.




LANÇADO: 14 de dezembro de 2010

CONTRIBUIDORES NOTÁVEIS:

Akon (compondo, produzindo, vocais), Stuart Brawley (engenheiro),
Brad Buxer (compondo/produzindo), C. “Tricky” Stewart (produzindo),
Eddie Cascio (compondo e produzindo), Theron “Neff-U” Feemster (produzindo),
50 Cent (rap), Lenny Krevitz (compondo/ produtor/ vocais),
John McClain (produzindo),
Jon Nettlesbey, Orianthi (guitarra),
Michael Prince (engenheiro),
James Porte (compondo/ produzindo/ vocais),
Teddy Riley (produzindo)



O primeiro álbum póstumo, uma coleção de dez músicas intitulada MICHAEL, foi lançado em dezembro de 2010. Ele foi acompanhado por controvérsias antes mesmo de o primeiro single ser lançado. Fãs, membros da família, e mesmo alguns ex-colaboradores de Jackson, contestaram tudo, desde a licença criativa tomada para completar obra inacabada de Jackson, à trilha sonora e a autenticidade de certos vocais.

Obras póstumas são, notoriamente, complicadas. Há, essencialmente, duas abordagens filosóficas: (1) apresentar o material basicamente como se encontra; ou (2) tentar completar a visão do artista com base em instruções ou intuição.

Para o documentário de 2009, This Is It, o Espólio de Jackson optou pela primeira abordagem, um movimento arriscado (isso era uma filmagem, acima de tudo, que nunca foi intentada para ser vista), que resultou no documentário mais vendido de todos os tempos.


Fãs e não fãs, igualmente, responderam à autenticidade crua do documentário. Há algo inegavelmente instigante e luminoso sobre “espreitar por trás da cortina” e testemunhar um artista no elemento dele. Foi trágico, é claro, que a visão completa dele nunca tenha sido realizada. Mas para muitos espectadores isso humanizou o cantor, mesmo quando apresentou o extraordinário talento dele.

Com MICHAEL, entretanto, a última abordagem foi tomada. Todas as músicas foram completadas depois da morte dele, por pessoas que tinham trabalhado com Jackson no passado, variando desde o produtor, Teddy Riley, Tricky Stewart, e Neff-U, ao coexecutor do espólio, John McClain. Eles queriam tornar as faixas tão completas quanto possível, acreditando que era isso que Jackson iria querer.

O álbum resultante é um caso misto. Combinando músicas antigas com músicas novas, músicas que estavam na maior parte concluídas, com músicas que precisavam ser trabalhadas, músicas que estavam bem documentadas com músicas que eram mais misteriosas. As mais controversas são as chamadas “faixas Cascio”, as quais foram gravadas, supostamente, no porão dos amigos de longa data de Jackson, os Cascios, em Nova Jersey. 
Apesar de exame forense e garantias tanto dos Cascios quanto da Sony, questões sobre as origens e produção das faixas têm persistido.
Outras músicas, incluindo “Another Day” e “Behind the Mask” – tinham sido antecipadas por anos, mas provocaram ardente debate com a reencarnação delas em 2010. Além disso, o álbum não contém nenhuma faixa com Will.i.am, RedOne ou Ne-Yo (todos com os quais Jackson estava trabalhando nos últimos anos dele).

MICHAEL é, enfim, inevitavelmente diferente do álbum que Jackson teria criado se estivesse vivo. Mas apesar das limitações, MICHAEL ainda contém algumas novas músicas fantásticas, incluindo um punhado de joias. Músicas como a sublime obra prima vocálica “(I Like) The Way You Love Me”, a outtake de Thriller, há muito aguardada, “Behind the Mask”; a suave balada, “Best of Joy”, o funky conto de advertência, “Hollywood Tonight”, e o comovente poema musical, “Much Too Soon”, todas fazem excelentes adições para um catálogo já legendário.





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terça-feira, 26 de maio de 2015

Man In The Music: Capítulo 8 - Os Últimos Anos


"Quando você sabe que está certo, às vezes, você sente como se algo estivesse vindo, uma gestação, quase como uma gestante ou algo assim. Você fica emocional e você começa a sentir algo em gestação e [então] mágica. Aí está! É uma explosão de algo que é tão lindo; você vai: uau! Aí está. É como isso trabalha através de você. É uma coisa linda. É um universo de onde você pode ir com estas doze notas." 
MICHAEL JACKSON”, EBONY, 2007


“Eu sempre quis fazer música que inspirasse ou influenciasse outras gerações… Eu dou tudo de mim ao meu trabalho. Eu quero que ele viva.” 
MICHAEL JACKSON, EBONY, 2007

Capítulo 8 - Os últimos Anos.




A última entrevista de Michael Jackson aconteceu no outono de 2007. Ele estava no Brooklyn com os filhos dele, quando ele tinha concordado com um bate-papo e sessão de fotos com a Ebony magazine para celebrar o vigésimo quinto aniversário de Thriller. Isso foi quase um ano antes que ele se comprometesse para as cinquenta datas da série de concertos This Is It, na O2 Arena em Londres. Essa foi a primeira vez que ele tinha falado amplamente, desde o julgamento e absolvição de 2005.


Depois do julgamento – exaustivos e árduos seis meses de humilhação e escrutínio – Jackson tinha, aparentemente, desaparecido. Aquele que foi, um dia, face da música popular, tinha se tornado ocioso, um artista em exílio. Tabloides, ocasionalmente, especularam sobre o paradeiro dele (Bahrain, Irlanda, Las Vegas) ou conseguiam vislumbres dele com os filhos em uma livraria ou um parque de diversões. Na maior parte, no entanto, ele tinha se desligado da consciência do público. Muitos assumiam que a carreira dele tinha acabado.

Nos bastidores, no entanto, um Jackson, ainda compulsivamente criativo e inquieto, disse a Ebony que ele estava tão ocupado quanto sempre. Na verdade, nos anos seguintes ao julgamento dele, em 2005, ele escreveu e gravou dúzias de novas músicas. Algumas delas foram feitas com parceiros de longa data, Brad Buxer e Michael Prince; algumas foram com amigos como Eddie Cascio.
E algumas foram feitas com artistas contemporâneos e produtores como Will. i. am, Neff-U, Ne-Yo, RedOne e Akon. O novo álbum de estúdio, comentava-se, seria tão forte quanto sempre; isso era a prova dele de que ele não tinha perdido a magia criativa. Nos anos finais, ele também estaria trabalhando em álbum clássico com o compositor David Michael Frank, e começou com preparação para o notável concerto espetáculo dele, This Is It, uma série de cinquenta shows, no O2 Arena, que poderia ter sido o maior retorno na história da música popular.

O público, é claro, sabia muito pouco sobre isso. Nos últimos anos dele, Jackson estava mais recluso que nunca e administração e finanças dele estavam em desordem. Porém, aqueles que trabalharam com ele ou o entrevistaram durante esses anos puderam sentir uma renovada paixão e determinação. 

“Sentado no sofá ao lado dele”, observou Bryan Monroe, da Ebony, em 2007, “você rapidamente olha através da pele clara, quase translúcida, do enigmático ícone e percebe que esta lenda afro-americana é mais que apenas superficial. Mais que um artista, mais que um cantor ou dançarino, este maduro pai de três crianças revela um homem confiante, controlado e maduro, que tem muita criatividade dentro dele”.


Jackson esteve sobrecarregado com a resposta à série de concertos This Is It.
Nos últimos meses, Jackson diria aos parceiros colaboradores dele, que ele estava tão “sobrecarregado”, que ele não poderia dormir à noite; a mente dele não desligava. “Eu estou canalizando” disse ele a Kenny Ortega. “Eu estou escrevendo música e ideias estão vindo para mim e eu não posso desligar isso.” Ortega perguntou a ele se era possível que ele colocasse essas ideias “na prateleira até depois de 13 de julho [quando as séries de concertos dele começava]”. Jackson respondeu brincando: “Você não entende – se eu não estiver aqui para receber essas ideias, Deus as dará ao Prince”.

Nesse período entre o último álbum de estúdio de Jackson, Invincible, e a morte dele, ele continuou a trabalhar em novo material e retornar às músicas que não tinham sido lançadas. Jackson tinha descrito o mais recente trabalho dele como um poutpourri de estilos e sons, passando de electro a pop sintetizada e clássica. “Eu gosto de pegar músicas e colocá-las em microscópio e apenas falar sobre como nós queremos mudar o caráter dela”, ele explicou em uma entrevista em 2007.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Man In The Music: Capítulo 7 - Invincible: As Músicas - " Outras Notáveis Canções da Era Invincible "


OUTRAS NOTÁVEIS CANÇÕES DA ERA INVINCIBLE 


A PLACE WITH NO NAME (gravada em 1998, não lançada) Uma revisão muito legal de um clássico hit da América, “A Horse With No Name”. Jackson gravou a faixa, em 1998, com o produtor R&B Dr. Freeze. Uma porção dela foi vazada pouco depois da morte de Jackson em 2009.




ANOTHER DAY (gravada em 1999, não lançada) 


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Man In The Music: Capítulo 7 - Invincible: As Músicas - " Threatened "





16. THREATENED



(Escrita e composta por Michael Jackson, Rodney Jerkins, Fred Jerkins III e La Shawn Daniels.
Produzida por Michael Jackson e Rodney Jerkins.
Gravada por Stuart Brawley.
Edição digital: Stuart Brawley.
Mixada por Bruce Swedien, Rodney Jerkins e Stuart Brawley.
Vocal guia e backgrounds: Michael Jackson e Rodney Jerkins.
Fragmentos de áudio de Rod Serling, cortesia da CBS Broadcasting Inc.)



Embora seja relativamente desconhecida (enterrada no final do álbum menos conhecido de Jackson), “Threatened” é uma é uma pedra angular digna aos predecessores de tema de horror dela (“Thriller”, “Ghosts”, “Is It Scary”). 

Ela é, também, um apropriado oficial finale para o catálogo de Michael Jackson, explorando muitos dos temas – monstruosidade, metamorfose, medo, decepção e a interrogação de valores normativos e expectativas que o preocuparam por toda a acarreia dele. 

As pessoas muitas vezes se esquecem de que Jackson continuou tão fascinado por terror sombrio de Poe quanto era pela inocente fantasia de J. M. Barrie. “Threatened” representa esta dimensão sombria, tumular, gótica de Jackson. Apresentando narração assustadoramente remendada de um ressurreto Rod Serling (criador do Twilight Zone), a faixa esmagadora termina Invincible com uma reviravolta perversamente subversiva.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Abraço da Alma -




Abraço da Alma


Meu coração voa até você para descansar sobre seu peito.

Mais rápido que um beija-flor, mais suave que um tufo de dente-de-leão

Ainda mais certo no voo que um projétil de fogo

Eu vinculo a você mais tenazmente que um bebê no peito da mãe.

Embora meus olhos vaguem, o meu coração nunca se desvia

Por você ser o meu leite apropriado

A medula da qual nascem minhas plaquetas

Sua canção é a batida que bombeia meu coração

Os suspiros em meus silêncios são preenchidos com a sua música

Dentro dos seus olhos eu encontro um mundo de visão

Sua fragrância habita cada respiração minha.

Quando o medo ou a incerteza ameaçam, eu corro

Para me esmagar contra seu peito

E você me pinta em tons vibrantes

Apenas como outra parte de você

Apenas no abraço da nossa alma sou contentamento

Nós vagamos, de mãos dadas

Por campos celestes de flores silvestres 

Onde desolados, ventos frios de invernos de separação são esquecidos

Resolvidos em floradas eternas de recordação.

Ameaçadoras nuvens cinzentas se transformam em exuberante colorido vibrante

Para deleitar todos os nossos sentidos em ondas de esplendor

Atacar as ameias de autoproteção

Com os aríetes de alegria e descoberta.

Enquanto descubro você

Eu me descubro

Há apenas NÓS

E eu descanso no abraço da nossa Alma.

( Escrito por Jan Cooper-Carlson - Inspiração Michael Jackson)



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segunda-feira, 11 de maio de 2015

Blood on the Dance Floor e a sua história..



A história por trás de “Blood on the Dance Floor”


Em 6 de Junho de 1990, produtor e músico Teddy Riley era suposto estar na festa de aniversário do seu amigo e companheiro de banda, em vez disso, passou a noite no Soundworks Studio na 23rd Avenue in Queens, a trabalhar tópicos para ninguém menos que o Rei do Pop, Michael Jackson.

"Eu disse (ao grupo) que tinha muito trabalho a fazer", lembra Riley. "Michael era a minha prioridade. Eu ia para a Califórnia para me encontrar com ele em breve, e ele queria que eu levasse o meu melhor trabalho."

Foi uma decisão fortuita.

Mais tarde, naquela mesma noite, Riley descobriu que alguém tinha sido baleado na pista de dança na festa que ele tinha dispensado, ele ficou abalado. Com apenas 23 anos, a violência e a morte já se tinham tornado um tema recorrente na sua vida. No mesmo ano, seu meio-irmão e o melhor amigo ambos tinham sido assassinados.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Man In The Music: Capítulo 7 - Invincible: As Músicas - " Whatever Happens"


15. WHATEVER HAPPENS

(Escrita e composta por Michael Jackson, Teddy Riley, Gil Cang, J. Quay e Geoffrey Williams.
Produzida por Michael Jackson e Teddy Riley.
Gravada por Teddy Riley, Geroge Mayers e Bruce Swedien.
Edição digital: Teddy Riley e George Mayers.
Mixada por Bruce Swedien, Teddy Riley e George Mayers.
Vocais guia e backgrounds: Michael Jackson.
Adicionais vocais backgrounds: Mario Vazques e Mary Brown.
Arranjo de orquestra e condução por Jeremy Lubbock.
Guitarra: Carlos Santana e Rick Williams.
Assobio: Carlos Santana e Stuart Brawley)


“Whatever Hapens” é, indiscutivelmente, a melhor música do álbum. 


Um inesquecível dance groove latino, apresentando a lenda da guitarra, Carlos Santana, ela foi intentada para ser o principal single e vídeo musical do álbum, antes que a Sony decidisse cancelar toda a promoção. 
Ainda assim, os críticos, quase unanimemente, elogiaram a faixa. 
A Rolling Stone a descreveu como uma “excepcional música”, enquanto a Pop Matters a chamou de “brilhante”. “Ela teria sido uma inspirada escolha para um single”, escreveu o crítico musical Mike Heyliger, “e poderia ter feito um maravilhoso vídeo. 
Ela tem uma sensação em câmera lenta, cinemática, a voz de Michael é um entalhe superior e Carlos Santana veio a bordo para adicionar um poderoso solo de guitarra. Coisa clássica aqui”.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Anjo Dançarino.




Artigo publicado em um jornal angolano.

(Texto do escritor angolano José Luís Mendonça)


Anjo Dançarino


“Michael Jackson, o anjo dançarino, deixa-nos um legado verdadeiramente transcendental de Arte Sonora que cobre a nossa alma, quando escutada” 

Os anjos pregaram-nos uma grande peça. Em vésperas do tão esperado concerto de Londres, roubaram-nos o Michael Jackson. Mas, vistas bem as coisas, o gênio de Michael Jackson só prova que ele desceu à Terra por pura brincadeira, ou, se quisermos ser mais precisos, por um puro capricho do destino. É que Michael Jackson é também ele um anjo. Um anjo dançarino.

Cinquenta anos fora do seu habitat natural, os arcanjos do Céu encheram-se de ciúmes e resolveram que o grande espectáculo programado para Londres a 12 de Julho devia ser exibido na verdadeira “Neverland”, a original, da qual o rancho construído pelo cantor na Califórnia é apenas uma versão aproximada.

domingo, 3 de maio de 2015

Man In The Music: Capítulo 7 - Invincible: As Músicas - " The Lost Children "



14. THE LOST CHILDREN


(Escrita e composta por Michael Jackson.
Produzida por Michael Jackson.
Arranjada por Michael Jackson.
Programação de teclado: Michael Jackson e Brad Buxer.
Narrativa: Baby Rubba e Prince Jackson.
Coro juvenil: Tom Bahler.
Edição digital: Brad Buxer e Stuart Brawley.
Gravada por Bruce Swedien, Brad Buxer e Stuart Brawley.
Mixada por Bruce Swedien.
Fragmento de áudio de The Twilight Zone, cortesia da CBS Broadcasting Inc.)


“The Lost Children” foi um alvo fácil para críticos, um dos quais a chamou de “assustadora, estúpida peça de acompanhamento para pinturas de crianças desaparecidas em caixas de leite”. Executivos musicais, indubitavelmente, desencorajaram a inclusão dela em Invincible. 

Embora ela seja uma valsa pop finamente elaborada, com uma bela melodia, ela não encaixa na imagem, estilo ou som de uma tradicional estrela pop/R&B (ela, também, é claro, lembra as pessoas da longa especulação sobre o relacionamento de Jackson com crianças).